terça-feira, 15 de março de 2011

Janick: "Sempre seremos uma banda underground"

O guitarrista do Iron Maiden, Janick Gers, concedeu uma entrevista ao caderno "Circo" do jornal mexicano Récord, onde falou sobre a expectativa para os primeiros shows da The Final Frontier World Tour na América Latina.

"No México, temos encontrado alguns dos melhores fãs do mundo, são muito dedicados e nós gostamos disso, somos iguais. Teremos uma produção maior e mais extravagante, como você pode imaginar", disse Gers ao Circo em uma entrevista telefônica direto da Austrália.

A banda apresentará músicas de seu disco mais recente, "The Final Frontier". O grupo fez uma primeira turnê no final de 2010 em diversas cidades na Europa e nos Estados Unidos e agora retoma sua turnê na Oceania, Ásia e América Latina.

"A música é a forma mais eficaz de cruzar fronteiras e culturas, nos sentimos muito felizes de tocar em tantos lugares e as pessoas apreciam essa linguagem universal. Não queremos nada mais do que fazer um bom espetáculo", enfatiza o músico.

Gers, que também é sociólogo, se diz surpreso com o número de fãs que os seguem, principalmente porque as músicas do Iron Maiden nunca foram as favoritas em estações de rádio e canais de TV. "Não somos uma banda pop, tão pouco fazemos música para tocar no rádio. Sempre seremos uma banda 'underground', uma banda que gosta de tocar para as pessoas, somos afortunados de poder sentir sua vibração, viajar e conhecer suas culturas", diz ele.

Como exemplo da pouca penetração que têm na indústria da música, Gers cita o Grammy que a banda ganhou há poucas semanas, na categoria de "Melhor Performance de Metal", o primeiro em sua história.

"Não fazemos isso para ganhar prêmios, é sempre interessante receber um da indústria, mas isso não muda nada, nem mesmo acho que é especial para qualquer um de nós", disse ele. "Não sabemos por que nunca haviam nos dado um Grammy, não nos interessa. Na realidade, não estamos por dentro do que a indústria faz, não vemos reality shows nem participamos deles. Nós tocamos música ", acrescenta.


Na verdade, o melhor conselho que o guitarrista pode dar aos um jovens músicos mexicanos é não confiar em um aparato composto por gravadoras, marketing e meios de comunicação ultrapassados, mas na sua capacidade de fazer música e saber compartilhar. "Eu tenho música de todos os tipos no meu iPod, existem bandas muito boas e as pessoas devem saber que elas estão por aí, eles só precisam de alguém que as encontre, eu acho que com as novas ferramentas poderemos", ele conclui.

Fonte:blog flight 666

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