iG: Quando "Blunt Force Trauma" ficou pronto?
Iggor Cavalera: Na verdade esse disco está pronto há uns seis ou sete meses. Foi até estranho, normalmente a gente grava e a gravadora quer lançar o mais rápido possível para não ter erro, esse risco de neguinho soltar logo na internet. Em todo caso, isso é uma coisa que foge da gente.
iG: Vocês já tinham tocado uma música do disco no SWU (festival realizado em Itu, interior de São Paulo, em outubro do ano passado).
Iggor Cavalera: Sim, tocamos "Warlord". Há algumas semanas nós também fizemos um show no Razzmatazz (histórica casa de shows em Barcelona, na Espanha), e tocamos o disco inteiro pra mídia da Europa, um pessoal do Japão, vários lugares. Agora vamos fazer esse show um pouquinho antes do álbum ser lançado com o Iron Maiden aqui no Brasil.
iG: Como foi tocar de novo com o Max no Brasil depois de tanto tempo?
Iggor Cavalera: Aquele show no SWU foi uma coisa que eu forcei um pouco a barra, porque fazia muito tempo que a gente não tocava aqui, principalmente o Max. Eu falei 'vamos fazer alguma coisa só pro meu irmão enxergar que ainda tem uma luzinha aqui no fim do túnel'.
iG: Ele tem noção da expectativa do público brasileiro de ver vocês dois juntos?
Iggor Cavalera: Eu tenho mais do que ele. A idéia dele era zero porque ele vive num outro universo, ele não vinha pro Brasil há mais de dez anos. Você perde a noção totalmente.
iG: E depois do SWU a coisa mudou?
Iggor Cavalera: Sim. Quando pintou esse convite para abrir para o Iron Maiden foi bem diferente, tanto da parte do Max quanto da parte de toda a equipe. Essa é a minha batalha, para fazer tocar aqui uma coisa totalmente normal. Quero lançar um disco e na sequência já fazer alguma coisa interessante por aqui. Não só um show, mas algumas datas.
iG: E como será esse show em São Paulo, abrindo para o Iron Maiden?
Iggor Cavalera: Vamos tocar muitas coisas do "Blunt Force Trauma", até porque o show será super em cima do lançamento do disco. Mas é lógico que a gente tomar cuidado para o show não ficar desinteressante, por ter um monte de coisa nova e as pessoas não conhecerem. Vai ser mesclado.
iG: Já está decidido ou será só na hora do show mesmo?
Iggor Cavalera: Eu e o Max costumamos sentar um pouquinho antes para decidir o set list. Isso deixa a equipe de cabelo em pé, eles nunca sabem o que a gente vai tocar e o Max também muda conforme eu olho pra ele e pensamos 'não é a hora dessa música, vamos mudar'. Eu também gosto disso. É uma coisa gostosa até de brincar entre a gente, de sentir como está o público e falar 'vamos tocar uma velharia agora que é a hora'.
iG: Foi bom voltar a tocar com o Max?
Iggor Cavalera: Eu estava muito desencanado de voltar a tocar, principalmente depois de ter saído do Sepultura. Estava de saco cheio. Queria fazer coisas novas, experimentar com sonoridades novas. Aí, quando fui visitar meu irmão lá em Phoenix para reatar esse lance mais familiar, não estava pensando em nenhum momento em música.
iG: O Max teve que te convencer então?
Iggor Cavalera: Sim, o Max meio que teve que me conquistar. E essa conquista dele foi uma coisa legal, foi para fazer uma coisa nova, que era o Cavalera Conspiracy. Não foi para repetir o que a gente já tinha feito, ou tentar refazer o Sepultura. Não, foi 'vamos fazer algo novo e ver o que acontece.'
Assista abaixo ao clipe de "Killing Inside", primeiro single do álbum "Blunt Force Trauma":
iG: Confira a entrevista na íntegra!
Cavalera Conspiracy lança disco e prepara volta ao Brasil
fonte:blog flight 666
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