Alguns vão dizer que o grupo, liderado atualmente por Bruce Dickinson, já teve seus altos e baixos. Thiago não discorda. Mas o que são alguns CDs malvistos pela crítica perto do encantamento de um menino de 8 anos ao escutar pela primeira vez a intensidade dos riffs de The number of the beast? Foi o que aconteceu com ele. Thiago conheceu a banda com a ajuda de um primo. Desde então, cabelos compridos, roupas pretas e camisetas de banda tornaram-se uniforme.
A mesma ansiedade tem desconcentrado o estudante Paulo Armando, 21 anos, desde que ficou sabendo que o Iron viria a Brasília pela segunda vez. “Não pude ir ao show de 2009. Todo mundo que já viu os caras ao vivo fala que é inesquecível. Será uma honra poder aproveitar uma banda que faz sucesso há tanto tempo e não perde a qualidade nunca”, emociona-se. “Falar de metal e não colocar Iron Maiden no meio é um crime. Eles são os dinossauros do gênero. Influenciaram muitas bandas e conquistaram fãs pelo mundo inteiro”, acrescenta.
Torcedor
Quem conhece o servidor público Silvio Costa, 33 anos, sabe que para irritá-lo basta falar mal do Iron Maiden. Um sujeito que estava na frente dele no show de 1988, em São Paulo, não sabia. “A discussão foi feia. Tá, eu admito, o show foi fraquinho, mas sair falando mal não dá”, alega. “Gostar do Iron Maiden é igualzinho, torcer para algum time de futebol. Chega uma hora em que não dá para explicar”, completa
Silvio já teve um fanzine sobre a banda, já entrevistou os ingleses por carta (na época em que ainda não havia internet), já dormiu na praia, em 2001, depois da apresentação do Rock in Rio, já enfrentou mais de 40 graus de febre (em meio à garoa paulistana), para ir ao show do Pacaembu, em 1996. A próxima prova de amor ao grupo vai ser tatuar o mascote da banda, o morto-vivo Eddie.
A mesma paixão levou o radialista Marco Aurélio, o Lelo (como gosta de ser chamado), a Santa Bárbara de Nexe, em Portugal, atrás do Bar do Eddie (criado por um roadie do Maiden, em homenagem à banda). Volta e meia os integrantes do grupo pintavam por lá, para tomar uma cerveja sossegados. “É um vilarejo tranquilo, habitado, em sua maioria, por pessoas mais velhas. Eles iam lá para fugir dos flashes”, conta.
A surpresa veio quando o dono do bar contou que o baixista e fundador da banda, Steve Harris, estava lá e apareceria mais tarde para um drinque. “Quando ele chegou, fiquei sem palavras. Hoje, o cara mais respeitado do Iron Maiden é o Steve Harris. Batemos um papo e ele não deixou eu pagar o chope”, relembra.
Lelo também fez a produção dos quatro shows do Paul Di’Anno (o primeiro vocalista do Iron) em Brasília. “Gosto muito dos álbuns antigos do Iron, como os dois primeiros, com o Paul Di’Anno. Entrei em contato com ele por e-mail. Fiz um show no Porão do Rock; outro em 2000, na antiga boate Zoom, no Gilberto Salomão; depois em Taguatinga, no Pirâmide, e no UK Brasil ”, conta. “ Ficamos um tempo trocando e-mails, levei ele para conhecer vários lugares aqui. Acabamos ficando amigos mesmo”, orgulha-se.
Fonte: Correio Braziliense e blog flight 666
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