Segundo
o jornal O Liberal, cinco vendedores de produtos piratas com a marca
dos ídolos do rock heavy metal Iron Maiden foram presos ontem à tarde,
depois que a Receita Federal do Brasil interceptou no Aeroporto
Internacional de Belém mais de 1.100 camisas falsificadas com a
logomarca do grupo.
A mercadoria chegava em um voo vindo de Brasília, última parada da banda
antes de chegar à capital paraense. As confecções seriam vendidas por
ambulantes nas imediações do local onde acontece o show de hoje, mas o
material foi todo apreendido pelo órgão de fiscalização.
O auditor da Receita Federal Iranilson Brasil informou que o
representante oficial da marca Iron Maiden no Brasil, Edson da Costa,
vinha no mesmo voo que os cinco homens que traziam a mercadoria. Quando o
avião aterrissou, o empresário procurou o órgão de fiscalização para
denunciar a pirataria. Na alfândega, o representante mundial da marca, o
canadense Nicholas Jones, reconheceu as peças como falsificadas,
confirmando a "contrafação", infração que classifica o uso indevido e a
falsificação de marcas patenteadas regularmente.
Iranilson afirmou que o material todo foi apreendido e em dez dias a
Receita Federal deve concluir a investigação sobre o caso, definindo
inclusive a destinação da mercadoria, se será incenerada ou mesmo
tingida para posterior doação.
A apreensão foi feita com base na legislação que protege marcas e
patentes no Brasil e assegura o direito dos proprietário destas de
protegê-las de falsificações ou comercialização ilegal. Após o inquérito
da Receita, é possível que os vendedores respondam a um inquérito
criminal, que pode ser aberto pela Polícia Federal após a investigação.
Dos cinco vendedores, apenas Reginaldo Duarte, 41 anos, comentou o caso.
Ele afirma que já trabalha com a venda de produtos destinados ao
público de grandes shows há alguns anos. "Sou de Recife (Pernambuco), a
gente conhece gente que trabalha nisso no Brasil inteiro. Ninguém aqui é
bandido. Todo mundo é pai de família tentando sobreviver. Já vendemos
em grandes shows como da banda Black Eyed Peas, Rebeldes e Sandy e
Júnior e isso nunca aconteceu", reclamou. O vendedor acrescentou ainda
que Edson da Costa não tem como provar que é vendedor oficial da marca
Iron Maiden no Brasil.
Edson, por sua vez, apresentou documentos na Receita Federal e diz que
os vendedores tem acompanhado a turnê por todas as cidades em que houve
show. "É um prejúizo grande para nós. Eles acabam dando um prejuízo na
metade de nossas vendas", assinalou o empresário.
Fonte: O Liberal
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