Iron Maiden e Dream Theater – Pontos em comum de duas novelas
Por Daniel Junior (Aliterasom)
Quando Bruce Dickinson saiu do Iron em 92/93 após o
ótimo Fear of The Dark, a casa caiu no mundo do metal. Afinal de contas,
quem teria calibre e DNA para substituir uma das vozes
mais emblemáticas do metal? Olhando o horizonte, alguns cantores –
quase todos influenciados pelo próprio Dickinson – se aventuraram na
dura e doce tarefa de substituir a voz do Maiden.
Bruce sempre foi tido como a versão “mais pesada” de grandes intérpretes da música
mundial. Ou seja, ele era – junto com Dio – o “cara” quando o assunto
era técnica e interpretação, muito acima da média. A gente vê o tamanho
da qualidade de um artista quando ele passa a ser influência de tantos
outros que surgem. Não só no canto, mas na postura. Muita gente quis ser
Bruce Dickinson. A história todo mundo já sabe, a banda optou por Blaze Bayley, o homem das costeletas, oriundo do Wolfsbane.
Muita gente torceu o nariz e apesar de "X Factor" ser um disco
com assinatura Iron Maiden, o disco seguinte conseguiu ser pior que "No
Prayer for the Dying" (1990); "Virtual XI" (1998) trazia canções que
até o mais fanático admirador de Iron colocou fora do seu playlist.
Bem, em 1999 aconteceu o que o mundo da música esperava, o bom filho
Bruce Dickinson retornou ao microfone do Iron Maiden para comandar o
aguardado "Brave New World" (2000) e assim, retornar ao topo com a
Donzela de Ferro, em um turnê vitoriosa, lucrativa e que matou as
saudades de fãs
de todo mundo. É bom observar que a carreira solo de Dickinson foi à
contento e seus discos sempre receberam não só elogios dos seus fãs como
da crítica especializada.
2010. O Dream Theater que possui fãs xiitas tão impressionantes quanto o
Iron Maiden, perde não seu vocalista mas talvez a maior marca
registrada da banda; Mike Portnoy.
Recentemente fomos apresentados ao reality produzido pela banda,
possivelmente ano passado, com total comprometimento da Roadrunner, na
qual o grupo mostra ao mundo como ocorreu (a banda já está em estúdio
gravando seu disco desde janeiro deste ano) a escolha do novo maestro.
Debates, discussões e muita torcida nas comunidades e fóruns de rock and
roll. Afinal de contas tal qual o processo seletivo do Iron, também
temos um “brasileiro” (Andre Matos foi um dos postulantes à vaga de
Bruce) entre os 7 candidatos ao posto de baterista do Dream Theater, a
saber, Aquiles Priester, baterista do Hangar.
Longe de querer ser acertivo e definitivo a respeito de um assunto tão
controverso, a pergunta que eu faço aos leitores é o seguinte: você acha
que o Dream Theater corre o risco de errar na escolha do músico que irá
substituir Mike Portnoy? E mais: você acredita que o músico que deu
nome à banda retornará às baquetas do grupo americano?
Confesso que estas são as perguntas que intrigam a minha mente. Os
músicos que lá estão dispensam maiores apresentações mas será que todo o
cenário novelístico criado será suficiente para a permanência de um
“novo membro” na família Dream Theater? Façam suas apostas.
Fonte: Aliterasom.com/blog flight 666
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